quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Natal De Luz Só Com Jesus!

Esta é a época em que a cidade fica mais iluminada! Um verdadeiro festival de lâmpadas e brilhos toma conta de janelas, vitrines, fachadas e árvores com enfeites igualmente brilhantes.
Afinal, é Natal!
Mas será que a luz do Natal vem realmente dos milhares de pisca-piscas e das inúmeras lâmpadas que iluminam não só Curitiba, mas também a maioria das cidades em todo o mundo?
Não! A verdadeira Luz do Natal é única e brilha o ano todo, todos os dias, embora muitas pessoas ainda não tenham tido a oportunidade de se deixar iluminar por ela. O nome dessa Luz é Jesus, o Filho do Deus Vivo.
Ao nascer, despojando-se de Sua forma divina e assumindo forma humana, Jesus iluminou não apenas aquela noite escura em Belém; Ele iluminou o mundo todo, trazendo a mensagem da paz e resgatando a Humanidade da escuridão em que estava mergulhada pela separação que o pecado causara entre o homem e Deus.
Mas para ter essa Luz chamada Jesus é preciso aceitá-la, ligando-a ao coração. É como as luzes que enfeitam as cidades no Natal: sem plugá-las na tomada, elas não iluminam o ambiente.
Só que Jesus não ilumina apenas fachadas, janelas ou vitrines da vida do homem. Ele veio para iluminar a alma, o coração, o escuro mais profundo que possa existir dentro de qualquer um de nós.
Se você já tem Jesus na sua vida, seja um reflexo dessa Luz que salva e ilumine a vida de outras pessoas também, contagiando-as com a mensagem redentora de Jesus que, com Sua Luz, resgata almas e transforma vidas.
E se você ainda só conhece o Natal dos pisca-piscas de fachadas e vitrines, experimente viver um Natal diferente que mudará não só alguns dias da sua vida, mas transformará todo o seu viver. Deixe Jesus nascer em seu coração e conheça a verdadeira Luz do Natal, que não se apaga com o término de um período de festividades, mas que permanece brilhando durante toda a eternidade.
Feliz Natal de Luz!
Feliz Natal com Jesus!

“...Vamos caminhar na luz que o Deus Eterno nos dá.” (Isaías 2:5b)

sábado, 20 de dezembro de 2008

Nataleluia 2008

Para quem não é de Curitiba e quiser assistir, é só acessar:
www.pibcuritiba.org.br ou www.nataleluia.com.br nos horários das apresentações.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Nataleluia 2008 - vídeos

Reportagem da RPC (Rede Paranaense de Comunicação), afiliada da Rede Globo, sobre o musical Noite de Luz - Nataleluia 2008, da 1ª Igreja Batista de Curitiba

http://www.youtube.com/watch?v=CPk7-UfLloU&eurl=http://www.nataleluia.com.br/&feature=player_embedded

Making Of do musical Noite de Luz - Nataleluia 2008

http://www.youtube.com/watch?v=6ufLNV0mAfQ&eurl=http://www.nataleluia.com.br/&feature=player_embedded

Vídeo Promocional do Nataleluia 2008

http://www.youtube.com/watch?v=YDdXb5DsNO8

domingo, 14 de dezembro de 2008

Silêncio...

"O exercício do silêncio é tão importante
quanto a prática da palavra"
(William James)

PS - Volto antes do fim-do-ano :-)

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Blogagem Coletiva - Hoje É Dia De Cecília

O desenho acima é um auto-retrato de uma das mais amadas poetisas brasileiras.

Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles e de Matilde Benevides Meireles, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.

Muito cedo, conviveu de perto com a morte: o pai faleceu três meses antes do seu nascimento e a mãe, quando a menina Cecília ainda não tinha três anos. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. Um dia, Cecília escreveu que tais acontecimentos lhe trouxeram "uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno".

Conhecida como a "poetisa da alma", Cecília Meireles faleceu em 9 de novembro de 1964.

A seguir, um dos inúmeros poemas dela que amo:


4º Motivo da Rosa


Não te aflijas com a pétala que voa:

também é ser, deixar de ser assim.

Rosas verá, só de cinzas franzida,

mortas, intactas pelo teu jardim.

Eu deixo aroma até nos meus espinhos

ao longe, o vento vai falando de mim.

E por perder-me é que vão me lembrando,

por desfolhar-me é que não tenho fim.

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

A Rosa Amarela

De todas as belas flores
Certamente é a mais singela
E aquela luz que é só dela
Ilumina os meus amores
Como a chama de uma vela
Que em meu peito dança
E minh’alma de criança
Traz no peito a esperança
Nas mãos, a rosa amarela!

* Às vezes, o azul dá lugar a outras cores...

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Blogagem Coletiva - "Abre Aspas II"


É a primeira vez que participo de uma Blogagem Coletiva e agradeço à Lunna pela oportunidade.

Como a proposta hoje é postar poemas de poetas não muito conhecidos, escolhi uma das minhas poetisas preferidas da atualidade: Gláucia Carvalho (foto ao lado).

Cantora e compositora de Brasília, é uma das minhas amigas-irmãs. Nasceu em 12/08/1968. É mãe de Murilo e Luísa. Filha de Onésimo e Gercira. Irmã de Rogério, Claudinha (que já se foi, mas que ficou pra sempre) e Rodrigo. Amiga de muitos; de todos que a ela se chegam. Quem quiser saber como a vejo, pode ler aqui.

Apesar de não ter livro publicado, foi com certa dificuldade que escolhi o poema abaixo (por serem tantos que já escreveu e tantos que amo). Espero que gostem!

********************

Gente

Gente que se vai, gente que se foi

Tantos que passaram e quantos tantos passarão

Pela vida, pela estrada, por caminhos meus

Uns com jeito de até logo, outros num adeus

Como eu já perdi, ou como já ganhei, se eu fui bem mais

Que um a mais nas vidas que passei

Que levaram um pouco, ou muito do que ofereci

Digitais ou dígitos na hora de partir

Gente é sempre igual, carência, sonho, sensação

E nada compra, mede, impede, sua grande aspiração

De querer ser mais que um, de ser um nome para alguém

E eu posso ser um marco bom

Ou uma grande cicatriz

Se eu contribuo, bem ou mal

Se vão num adeus, ou pedem “bis”

(Gláucia Carvalho)

domingo, 26 de outubro de 2008

Em Tempo De Pós-Eleições...

"O que me preocupa não é nem o grito dos corruptos,
dos violentos, dos desonestos, dos sem caráter, dos sem ética...
O que me preocupa é o silêncio dos bons."

(Martin Luther King, Jr)

quarta-feira, 22 de outubro de 2008

Seja Um Doador de Vida

Muito antes de ter doado um rim para meu irmão, sempre me considerei doadora quando viesse a falecer. Não há razões para não dar chance de vida a outras pessoas, deixando que os órgãos apodreçam embaixo da terra. Ou talvez haja só razões (daquelas bem racionais) e não emoções, sentimentos reais...
É verdade que muitos não gostam de falar nisso pelo fato de ter que pensar na sua própria morte, mas dela ninguém escapará um dia. Por que não desejar que esse momento traga vida?
Se você gostaria de ser doador, converse com sua família, deixando clara sua opinião a respeito desse assunto para que naquela hora de tristeza eles se lembrem que seu desejo cumprido lhe daria alegria.
O site do Banco de Olhos de Sorocaba (BOS), mantenedor do Hospital Oftalmológico de Sorocaba, disponibiliza gratuitamente um cartão personalizado para aqueles que desejam manifestar sua vontade de ser doador. Transcrevo, abaixo, parte do texto referente ao Cartão do Doador:
"A legislação de doação de órgãos e tecidos no Brasil, só permite a doação após a morte, se autorizada pelos familiares.
O cartão do Doador representa o desejo em vida, para que a família se conscientize e autorize a doação. O cartão é personalizado com as principais informações do doador. O doador também pode manifestar a doação de outros órgãos.
O cartão pode ser solicitado de qualquer lugar do Brasil e trará informações da Central de Transplantes, referência de sua cidade.
O cartão será enviado via correio sem nenhuma despesa para o solicitante."
Achei interessante a iniciativa e estou divulgando com o único intuito de conscientizar mais pessoas sobre a relevância em ser um doador. Faça o seu cadastro e receba seu cartão. Eu já pedi o meu :-)

sábado, 18 de outubro de 2008

Parabéns, Médicos!

Bendito o médico, cuja pureza do branco está mais presente no coração do que no jaleco...
Bendito o médico, cujas palavras buscam mais acalmar temores do que comunicar diagnósticos...
Bendito o médico, cujas mãos procuram primeiro um aperto de mão ou um abraço, antes de assinar guias ou receitar medicamentos...
Bendito o médico, cujo ideal primeiro é conseguir o bem-estar dos pacientes, antes de alcançar títulos e honrarias...
Bendito o médico, cujo coração ainda se emociona com as lágrimas do próximo, ainda que conviva com elas no dia-a-dia...
Bendito o médico, enfim, cuja inteligência reconhece que os instrumentos em suas mãos têm mais valor quando eles próprios são instrumentos nas mãos de Deus!

*Tenho orgulho de ser irmã de uma médica (foto) que possui todos os requisitos acima para ser bendita!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

O Azul em Clarice

Visto da terra, o céu é azul.
Vista do céu, a terra é azul.
Será o azul uma cor em si
Ou uma questão de distância?
Ou uma questão de nostalgia?
O inatingível é sempre azul.

(Clarice Lispector)

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Parabéns, Professores!

O professor medíocre conta. O bom professor explica.
O professor superior demonstra. O grande professor inspira."
(William Arthur Ward)
Tenho profunda admiração pela profissão de professor. Sem contar meus pais, que me incentivaram à leitura desde pequena, foi de uma professora primária (tia Maria Cândida) que ganhei meu primeiro livro. Ela e outros mestres que vieram depois me inspiraram a ler, a escrever e a não me conformar nunca com a mediocridade.

Saudade?


Saudade?
Nada sei da saudade...
O que guardo no meu peito,
Na verdade,
São pedaços de realidade
De um tempo que até hoje
Não me esqueci...
(Nane - maio/2006)
Ah... eu tô com saudade, sim! Saudade de gente que está perto mas nem sempre pode estar junto; de gente que está longe mas que de tão junto parece estar perto; de gente que não mais está aqui para poder estar perto, longe ou junto, mas que estará sempre dentro!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Pão Com Geléia

"Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra." (II Coríntios 9:7-8)

“A professora perguntou aos alunos qual o significado da palavra ternura. Um garoto levantou-se e disse: "Bem, se eu estivesse com fome e alguém me desse um pedaço de pão, isso seria bondade. Mas se passasse geléia no pão, isso seria ternura..."
Assim começava um texto que li há algum tempo sobre a diferença que há entre fazer o necessário e o ir além dele. A geléia, no contexto acima, simboliza o que chamamos de amor incondicional; aquele que Deus tem por nós e que deseja que experimentemos e vivenciemos em nossos relacionamentos de quaisquer níveis.
Realmente... o amor transforma o corriqueiro em algo especial. Quantas coisas que fazemos no nosso dia-a-dia (e que já nem prestamos atenção que as estamos fazendo) poderiam ter outro aspecto se acrescentássemos amor.
Muitas vezes, achamos que cumprir com a nossa obrigação é o bastante, mas se passamos uma "geléia", o comum torna-se algo mais agradável, menos árido e menos impessoal.
Como um olhar afetuoso ou alguns gestos de carinho sincero tornam o "bom-dia-aguado" em incentivo e chave para que o dia seja maravilhoso... Como um ambiente cuidadosa mas monotonamente limpo ilumina-se com a presença de flores (mesmo que sejam as do campo e não tulipas exuberantes)... Como um cartão contendo sentimentos que vêm do fundo do coração dá calor e vida a um presente impecavelmente embrulhado, mas impessoalmente oferecido... Como tantas coisas que fazemos poderiam ser transformadas em pequenos raios de sol, se acrescentássemos ternura ao necessário – mas frio e calculado – senso de responsabilidade...
E não é preciso muito tempo, dinheiro ou inteligência incomum para que o comum se transforme em extraordinário. Basta exercitar o amor. Não o nosso: humano, cheio de preconceitos e falhas; mas o de Deus: pelo qual clamamos para que sempre seja derramado sobre nós. E se Deus derrama amor abundante sobre nossas vidas é porque Ele não apenas nos ama, mas quer que esse amor atinja outros através dos nossos atos e palavras.
Não importa se as nossas experiências e oportunidades são diferentes das dos demais à nossa volta. Se não houver amor para compartilhar, o frio que se instaura dentro do coração vai extinguir qualquer tipo de vida, por mais bem alimentada e abonada que a pessoa seja. É bem verdade que talvez a "falta de vida" não se manifeste pela morte física mas, infelizmente, é possível acordar e dormir todos os dias sem viver de verdade.
O adjetivo que Jesus usou para qualificar o tipo de vida que Ele veio oferecer é "abundante" e esse valor passa também pela qualidade que Deus quer dar à vida das pessoas que estão ao nosso redor. Não foi sem propósito que Jesus disse que o 2º maior mandamento (depois de amar a Deus sobre todas as coisas) é amar ao próximo como amamos a nós mesmos. Enganamo-nos se achamos que estamos nos beneficiando ao negar uma centelha de amor para aquecer quem está ao nosso lado, guardando o calor todo para nós. Além de nos omitirmos, deixamos explícita a falta de amor que temos por nós mesmos e por Deus, dentro do projeto dEle para a vida dos Seus filhos.
Ao escrever este texto, lembrei-me de um e-mail enviado por um amigo querido, observando que a maioria dos textos que recebe ou das mensagens que ouve relacionam-se com o que nós "devemos" ou "não devemos" fazer, mas muito pouco sobre "como" deveríamos fazer. Concordo em parte com ele. Porém, a vida não é uma receita de bolo que possamos seguir à risca para conseguir um resultado esperado.
Continuando com a ilustração do bolo, arrisco-me no terreno "culinário" (que não é o meu forte) para dizer que imagino a conduta de cada um de nós como uma receita que deve ter uma "massa básica" (a fé em Deus, a perseverança nos Seus princípios e valores e a busca de Sua vontade) à qual são adicionados ingredientes variados. Podemos atingir os mesmos resultados através de vivências e situações diversas.
Somos seres pensantes, criativos e, por isso mesmo, com diferentes experiências. Cabe a nós identificarmos os ingredientes que estão à nossa mão e os disponibilizarmos nas mãos de Deus, gerando ações práticas e transformadoras de vidas. Um e-mail, um artigo, um sermão, uma conversa podem despertar sentimentos, mas jamais se transformarão em ações objetivas se não houver a iniciativa da pessoa que foi atingida por eles.
Sejamos agentes da vida através do calor do amor desinteressado em recompensas visíveis e compromissado com a construção (invisível, mas real) de uma realidade mais fraterna e menos corrompida e egoísta. Como? Cada um saberá a resposta se a reflexão for além da lágrima que costuma rolar quando algo nos emociona.
Um abraço e um mês abençoado pelo Senhor e cheio de pães com geléia e de atos de amor... transformadores!
(Publicado na coluna Da Redação para o Leitor,
no Jornal Carta Aberta, edição de outubro/2008)

domingo, 12 de outubro de 2008

Criança x Futuro

Hoje é comemorado o Dia da Criança. Com certeza, brinquedos e doces são aguardados com ansiedade. Mas além deles - e, principalmente! - o melhor presente que alguém pode dar a uma criança é andar com ela no caminho correto: aquele que garante um presente seguro, um futuro certo e que se resume em andar segundo a vontade de Deus.
Um abraço e uma semana abençoada e alegre nAquele que é o Único Caminho sem atalhos duvidosos!

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Aquele Abraço

Não importa a distância
Não importa o espaço
Eu vou sempre sentir falta
Do calor daquele abraço

Quando estamos separados
Sinto que há um espaço
Que somente está completo
Quando tenho aquele abraço

Quanto mais o tempo passa
Mais aumenta esse espaço,
Uma saudade que é imensa
De você e daquele abraço

(Nane - 1995)
***
Nesse frio maluco que está fazendo em Curitiba (na primavera!), só mesmo aqueles abraços calorosos para aquecer o coração e o corpo. Abraços que tiram quaisquer traços de inverno da alma...

domingo, 5 de outubro de 2008

Responsabilidade Social E Espiritual

Ao contrário do que muitos pensam, a paz da nossa cidade não é uma questão puramente política. Temos responsabilidade, como cidadãos, de fazer a nossa parte para que haja paz e, como filhos de Deus, de orar pelo local onde Ele nos colocou.
Hoje, dia de eleições municipais, é uma ocasião propícia para refletir sobre isso...
Um abraço e uma semana abençoada na presença dAquele que dá a paz verdadeira e que é sempre presente!

sábado, 4 de outubro de 2008

Mãos De Deus

"Eu guardei muitas coisas em minhas mãos, e perdi todas;
mas todas que coloquei nas mãos de Deus, essas eu ainda possuo."
(Martin Luther King, Jr.)

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Voto Não Tem Preço; Tem Conseqüências

Não. Este não é mais um texto político-partidário dos muitos que, como eu, você deve ter recebido durante esse período pré-eleições municipais.
Não venho pedir voto nem expor meus temores eleitorais. Mas gostaria de propor uma reflexão. Uma reflexão isenta de cor partidária, embora cada um possa ter suas preferências. Aliás, essa é uma das maiores prerrogativas de uma democracia.
A reflexão que venho propor é a de uma avaliação pessoal, como cristão, diante da importante decisão que se aproxima no nosso país.
Tenho visto muitos discursos enfáticos e apaixonados, defendendo candidatos, ideologias, linhas políticas. Mas poucas ou - no máximo - tímidas mensagens abordando a urgência de uma real busca de discernimento vindo de Deus e não procedente de análises de manuais ou programas partidários.
Pensando em contribuir para essa reflexão, encaminho abaixo um texto do pr. Josué Salgado, de setembro de 2002 (publicado, à época, uma semana antes do 1º turno das eleições estaduais e presidencial), mas que continua valendo para agora e como postura contínua de cidadãos transformados pela salvação que há em Cristo e que entendem a necessidade de amar a Pátria de uma maneira mais objetiva e menos demagógica.
Orar pelo seu país, pelo seu estado e pela sua cidade não é atitude piegas ou desconectada dos deveres de um cristão; antes, é uma atitude de amor e, acima de tudo, de obediência. Se queremos paz para o nosso país, devemos orar por isso. Mas orar por esses motivos implica agir também; participar; sair do saleiro; iluminar fora da igreja; polemizar menos e buscar mais o equilíbrio; ser promotor da paz e não participante de uma turba que prega discórdia e revanchismo.
Se nunca pensou nisso ou orou sobre essas coisas, o convite está feito. Não faça do seu voto uma decisão particular, baseada em experiências pessoais ou em suposições alardeadas na mídia ou em conversas na esquina. Como diz o título do texto abaixo, "voto tem conseqüências". Compartilhe esse momento com Deus e peça orientação e discernimento a Ele. Coloque-se como instrumento para cumprir a vontade de Deus também nessa área. Jesus quer ser Senhor de toda a sua vida, inclusive dos seus atos políticos.


"Voto não tem preço;tem conseqüências" (*)
Pr. Josué Mello Salgado

Consta que o presidente norte-americano Richard Nixon afirmou que a "maioria silenciosa" estava a favor dos bombardeios e da matança de populações civis na guerra do Vietnã. A multidão silenciosa era composta por aqueles que preferiam alijar-se do processo decisório, para não se comprometerem. Quando somos indiferentes à nossa responsabilidade, na participação política, podemos com o voto branco ou nulo ajudar a que o mal seja perpetuado e verdadeiras atrocidades sejam praticadas em nosso nome. A nossa participação será usada ou manipulada.
A Bíblia nos alerta sobre a omissão, chamando-a de pecado: "Aquele, pois, que sabe fazer o bem e não o faz comete pecado" (Tiago 4:17). Com isso está desautorizada biblicamente a omissão política!
Como povo de Deus somos, entretanto, não apenas chamados à participação, mas também à participação de qualidade. Por isso que devemos votar, mas votar com consciência. O voto do cristão há que ser o voto ético pautado na ética do voto!
Se "política é a conjugação das ações de indivíduos e grupos humanos, dirigindo-as a um fim comum", então devemos entender que o nosso voto não deve visar resolver problemas ou atender interesses individuais, à parte dos interesses e necessidades dos demais integrantes da sociedade. Votar em um candidato porque resolve o meu problema pessoal, embora seja ele um político que não atenda às necessidades do bem comum, é demonstrar não compreender ainda o sentido de política, como se referindo à vida na polis, ou seja, à vida em comum.
Por outro lado não merece o nosso voto, candidato que demonstre também não compreender esse sentido basilar da política como voltada ao bem comum. Não podemos propiciar com o nosso voto (ou a falta dele), ocasião para que os maus políticos se perpetuem no poder. Não merece o nosso voto quem usa da mentira, da improbidade, da corrupção e do desrespeito aos mais fundamentais direitos da pessoa humana na prática de mandato público.
O nosso voto não tem preço; mas certamente tem profundas conseqüências para a nossa vida pessoal e, sobretudo, da sociedade em que vivemos e que desejamos deixar de herança para as gerações futuras.

Pr. Josué Mello Salgado é titular da Igreja Memorial Batista de Brasília
O texto foi publicado no boletim dominical de 29/09/2002
(*) expressão extraída do horário eleitoral gratuito - autor desconhecido

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Flores!

Flores. Muitas flores!
Quero-as todas. De todas as cores.
Das nobres às plebéias
Rosas, lírios, azaléias!
E as que quero mais, um buquê amplo,
São as que prefiro: as do campo...
As silvestres, as campestres
As que crescem em ciprestes.
O que importa se há espinhos,
Pétalas, às vezes, em desalinho?
Nada disso tira o encanto
De ter flores por todos os cantos.
Quero-as perto dos meus olhos
Em profusão, aos molhos,
Enfeitando e perfumando a vida,
Que de flores vem desprovida
Desde que inventaram a moda
Que as de plástico são mais duráveis,
Mais perfeitas, até laváveis,
E que enfeitam por mais tempo, com cor,
A vida dos que há tempos não cheiram uma flor.
Não. Não quero flor de plástico;
De perfil perfeito, mas sem viço, estático.
Quero as vivas e enquanto eu viva for.
Não as quero quando eu não mais aqui estiver.
Quando eu morrer, não quero nem uma flor,
Nenhuma sequer...
Dêem-me flores agora, enquanto eu as puder cheirar,
Seus encantos perceber e sua beleza apreciar.
Depois... Bem, depois... continuem mandando flores
Para outra menina qualquer
Que tenha por elas os mesmos amores
Que tive, tenho e terei enquanto vida eu tiver.

(Nane - 29/03/2007)

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Escolhas

"Somos exatamente quem decidimos ser. Foi assim que Deus nos fez, com o livre arbítrio.
Se fôssemos somente vítimas das circunstâncias, Deus seria tremendamente injusto. Mas temos o poder da escolha. Duas pessoas sob as mesmas circunstâncias podem fazer escolhas diferentes: uma para o bem, a outra para a sua própria destruição. Tudo depende de nossas escolhas, de nossa atitude."
Trecho do livro Marcadas pela Diferença
Autor: Janette Oke
A certeza de um direcionamento seguro diante das mais diversas e adversas circunstâncias, Deus garante. Porém, é nosso papel aceitar o Seu comando. Jamais desfrutaremos plenamente a bênção de andar segundo a vontade de Deus se considerarmos o livre arbítrio a nossa maior riqueza.

domingo, 28 de setembro de 2008

Socorro certo!

Em tempos difíceis ou em calmaria, Deus é o Único socorro certo!
Um abraço e uma semana abençoada e segura nAquele que é Refúgio sempre presente!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Hoje É O Tempo Que Temos Para As Pessoas Que Ainda Temos

“Vós não sabeis o que sucederá amanhã. Que é a vossa vida?
Sois, apenas, como neblina que aparece por instante e logo se dissipa.”
(Tiago 4:14)

Há poucos dias, conversando com uma amiga que é fisioterapeuta, ela contou-me uma história recente de uma paciente que a impressionara. Confesso que, ao terminar de ouvir, a mim também.
A paciente – uma jovem dentista – compartilhara com minha amiga uma semana em que o avô daquela, logo na segunda-feira cedo, começara a lhe telefonar perguntando: “Hoje é sexta-feira?”. No início, ainda de bom humor, a jovem corrigia seu avô, um senhor viúvo que morava sozinho.
Foram inúmeras as ligações, durante a semana, tanto para ela quanto para as outras netas, sempre com a mesma pergunta. Com a insistência dos telefonemas, a moça começou a impacientar-se com o avô, pedindo-lhe que não telefonasse tanto, pois as interrupções causavam transtornos no atendimento aos pacientes de seu consultório.
À medida que a semana transcorria, a ansiedade do avô em saber se era sexta-feira aumentava tanto quanto a rispidez com que a neta lhe respondia.
Chegou, finalmente, a esperada sexta-feira! Mas não houve um telefonema sequer... Já não era mais necessário – nem possível – fazê-lo: aquele senhor que aguardara com tanta expectativa aquele dia amanhecera morto, vítima de um ataque cardíaco.
Por alguns segundos, minha mente vagueou por histórias também recentes envolvendo o tempo: a ociosidade dele, a falta dele, o fim dele... Minha amiga contou-me a comoção que tomara conta de sua paciente ao relembrar como fora ríspida naquelas que seriam as últimas conversas com seu avô tão amado.
Não sei quais foram as reações das outras netas em relação aos telefonemas insistentes do avô e quanto à pergunta recorrente, e também não ouso julgar a atitude da que relatou o fato. Apenas refleti no quanto achamos que temos o controle do tempo, sem notarmos o quanto estamos sujeitos a ele e aos seus “auxiliares”.
Há pessoas que nada fazem sem marcar hora na agenda. Até demonstrações de afeto têm que estar atreladas ao limitado tic-tac do relógio.
É certo que o planejamento é necessário, ainda mais no caos informático que vivemos atualmente. Mas amor não se planeja, vive-se! E vive-se hoje, agora, espontaneamente! O depois ainda não existe e o amanhã pode não chegar.
Fale com carinho hoje. Faça uma visita hoje. Diga “eu te amo” hoje. Mande flores hoje. Abrace apertado hoje. Peça perdão hoje. Perdoe hoje. Invista hoje nos relacionamentos significativos da sua vida.
O tempo passa. É só uma questão de tempo... Não deixemos que ele passe sem que marcas de amor sejam sempre deixadas. E tanto quanto possível, as últimas deixadas.
Um abraço e um tempo de vida abençoado na presença do Único que é sempre presente!
(Publicado na coluna Da Redação para o Leitor,
no Jornal Carta Aberta, edição de setembro/2008)

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Leve É A Pena


Você é passarinho, eu sou poeta
Vai, voa ligeiro, alcança sua meta
Mas nunca se esqueça:
Sou sua metade

Sua pena voa, a minha escreve
Torna eterno
O que é terno e breve
O momento, a emoção
que invade o peito
E quando me pega de jeito,
me leva leve

Como leve é a pena!

(Silvestre Kuhlmann)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

A Saudade Mata A Gente...


Hoje faz dois anos que minha querida amiga Claudinha Carvalho foi levada pelo Senhor. As lágrimas se fazem mais grossas, mas a saudade é a mesma. O texto abaixo foi escrito pela Gláu, no ano passado, quando esteve na beira de uma praia, onde Claudinha gostaria de ter vivido sua vida. Sabemos que hoje ela está num lugar incomparavelmente melhor! E é para lá que os que têm Jesus como Salvador estão indo também! Ela apenas chegou primeiro do que nós. Mas como diz a Gláu sempre: “a saudade mata a gente, morena..."

Parece que foi ontem,
Parece que é agora,
Como se é aqui, como se era outrora...
As junções das dores dela nas minhas,
A libertação dela na minha,
A alegria da vinha...Da vinda! Do vinho...
Do reencontro, do momento em que sou eu!
Os caminhos que me trazem aqui,
Terra santa, criada por Deus,
São a certeza da máxima nesta vida:
Tudo se converge para Ele!
Os que são d'Ele, os que não são,
Os sonhos meus!

(Gláucia Carvalho)

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Menina


Cadê você, menina?
Menina que sonha, que sabe, que crê
Menina que segue firme o caminho
E as flores não deixa de ver.
Cadê você, menina?
Cadê o sorriso, a leveza, a certeza?
A força que emana da alma que ama?
Cadê você, menina? Onde foi se esconder?
Debaixo da cama, ou na sombra da noite?
No beco que chora, na tarde sombria?
Volta, menina, que o tempo não pára;
As linhas do rosto já estão a brotar;
Cabelos de prata começam a brilhar
E o corpo cansado quer desanimar.
Volta e me conta como é que se faz
Como é dar pirueta e lançar-se ao léu
Como rir do futuro, lambuzar-se de mel
Esperar dias lindos quando a noite é cruel.
Volta e recita aquela prece de amor
Renova a alegria, arranca o torpor
Sacode a poeira, dá um chute na dor
E canta comigo com todo ardor.

(Denize Lopes Menezes)

domingo, 7 de setembro de 2008

Três Anos De Saudade...

06/09/08: Três anos sem o pr. Marcílio de Oliveira Filho! Mas sua presença querida SEMPRE será lembrada não apenas nos projetos musicais e missionários, que eram a cara e a alma dele, como, principalmente, nas marcas de amor que ele deixou em pessoas. É freqüente ouvirmos testemunhos cujo nome do pr. Marcílio é citado com carinho e lágrimas nos olhos. E isso só permanece porque não eram dele as marcas; ele era apenas canal de bênçãos e sabia disso. Homem de tantos instrumentos, deixou-se instrumento ser nas mãos do grande Maestro do Universo e produziu lindas canções de amor, esperança, alegria e paz na vida de tantas, tantas pessoas...

Especial, os que o conheceram sabiam que ele era e sempre será. Particularmente, ele era um paizão e, nos últimos anos, companheiro de ministério na diretoria da PIB de Curitiba. Lembro-me dos e-mails, dos telefonemas, das conversas animadas, dos conselhos sábios, dos pedidos de textos e releases "pra ontem!" (risos), dos abraços mais do que fraternos, paternais!

Acredito que a foto acima tenha sido a última que ele tirou. Foi no dia 6 de agosto de 2005 (exatamente 1 mês antes dele partir para a Glória). Estávamos no lançamento de um livro do meu pai, conversando sobre a viagem que pr. Marcílio, tia Zelda, pr. Paschoal e Cleusa haviam acabado de fazer a Portugal. De repente, nosso querido Sofonias (outro “pai” amado) nos chamou e com seu sorriso peculiar e constante disse que gostaria de registrar aquele momento tão animado. Foi um presente ter essa nossa última conversa registrada numa imagem. Apenas alguns dias depois, ele foi internado para uma cirurgia, cujos desdobramentos levaram ao óbito.

A foto está na minha Bíblia e é sempre com lágrimas que a contemplo. Não lágrimas de tristeza, mas de saudade e de certeza de que Deus me deu o privilégio de conhecer alguém inesquecível e que fez diferença na minha vida. Alguém imperfeito, com qualidades e defeitos, mas que se deixou moldar pelas mãos perfeitas dAquele que é o dono de cada momento das nossas vidas, inclusive o derradeiro.

Um dia, voltarei a abraçar meu querido pr. Marcílio em um lugar onde pausa não mais haverá. Essa é a certeza e o consolo de quem tem Deus como Senhor e Jesus como único e suficiente Salvador. Para esses, a saudade tem prazo de validade!

segunda-feira, 9 de junho de 2008

RINSaniversário!!

09-06-08: 4 anos do nosso transplante abençoado pelo Senhor! Desde sempre, Deus sabia que Júnior e eu não seríamos apenas irmãos de sangue e de coração, mas irmãos de rins também :-)

domingo, 1 de junho de 2008

Amor De Ouro

Mais de meio século de amor: uma raridade nos dias de hoje!
Não há palavras para agradecer a Deus o que Ele fez, tem feito e, com certeza, fará por nós!

quarta-feira, 30 de abril de 2008

Amor É Síntese

Por favor, não me analise.
Não fique procurando cada ponto fraco meu.
Se ninguém resiste a uma análise profunda,
Quanto mais eu...
Ciumenta, exigente, insegura, carente
Toda cheia de marcas que a vida deixou
Vejo em cada grito de exigência
Um pedido de carência, um pedido de amor.

Amor é síntese

É uma integração de dados
Não há que tirar nem pôr
Não me corte em fatias
Ninguém consegue abraçar um pedaço
Me envolva toda em seus braços
E eu serei o perfeito amor.

(Myrthes Mathias)

*Uma das minhas poetisas preferidas. Às vezes - muitas vezes - pergunto-me se as coisas que eu leio dela não estavam em algum cantinho da minha mente...

terça-feira, 29 de abril de 2008

domingo, 27 de abril de 2008

Pêssego, Sonho Meu

Teu sabor acalma
Refresca até a alma
O teu cheiro doce
Quer no suco ou na fruta
Evoca sensações imaginárias
Como se verdade fosse.

Frágil ao toque,
Macia é tua pele.
Mas nas entranhas
Da tua aparência nobre
Trazes fibras a quem
Pelo teu encanto se enleve.

Pêssego, fruta linda desses versos,
Por muitos não és contemplada
Pois não nasces em solos diversos.
Para ver tua linda florada,
Há que se ter um clima temperado,
Terra úmida e bem cultivada;
Como o solo de um coração enamorado.

(Nane - abril/2008)

*Poema feito depois de ler os poemas sobre frutas, "colhidos" pelo amigo Sammis. Vale a pena ler a "seleta" e tudo o mais que lá houver: www.azulcaudal.blogspot.com

terça-feira, 1 de abril de 2008

Quem Pintou Os Passarinhos?


Conheço uma moça que sempre tem uma história interessante sobre sua filha, hoje com 7 anos. Essa, eu ouvi recentemente, constatando que realmente só um coração de criança é capaz de aceitar prontamente os mistérios de Deus sem procurar encaixá-los em fórmulas físicas ou tratados filosóficos.
Aos cinco anos, a garotinha, encantada com a profusão de cores que cobriam o corpo dos pássaros que ela via ao brincar, perguntou à mãe: “Mamãe, quem pintou os passarinhos?”. Achando graça na pergunta inocente, mas que com tanta seriedade fora feita, a mãe afirmou com a certeza de quem preserva a essência do coração de criança: “Foi Deus quem pintou cada um deles, querida”. “Puxa, mamãe... como Deus pinta bem, né?”, respondeu a criança, com sua curiosidade plenamente satisfeita.
A resposta da menininha nos faz rir, pela singeleza, mas me fez chorar, no primeiro momento, ao reconhecer a incredulidade que muitas vezes ainda me assola em momentos de dificuldade, apesar de saber que Deus sempre cuida de mim.
A vida é uma escala de aprendizados e essa foi uma das lições que aprendi nos últimos dias. Espero sempre me lembrar dela quando achar que os dias estão cinzas demais.
São muitos os passarinhos. São muitos os dias. Mas Deus é o criador de tudo e Ele é muito criativo. Sua paleta de cores é sem igual, cheia de nuances, sem as quais os quadros da nossa vida não teriam o mesmo valor.
Ah! E é claro... Ele sempre pinta bem demais!
(Publicado na coluna Da Redação para o Leitor,
no Jornal Carta Aberta, edição de março/2008)

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Gratidão Por Mais Um Ano


Um pouco mais de vida
Muito da Graça indevida
Que jorra... mas é imerecida!
Tantas vezes nem percebida...

Uma porção a mais de vigor
Vinda das mãos do Senhor
Que em carne, fez-se Salvador
Doando a mim a essência do amor

Ao Deus que me define e que me criou
Àquele que mais do que qualquer pessoa me amou
A Ele - e somente a Ele - minha gratidão darei
Pois dEle sou e pra sempre – eternamente - serei
(Nane - 17/02/2008)

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Felizes Aqueles Que Sabem Chorar


“Os que com lágrimas semeiam, com júbilo ceifarão” (Salmos 126:5)

Alguns devem ter estranhado o título desta coluna logo em janeiro... Falar em lágrimas, quando todos – ou pelo menos a maioria – têm expectativas de alegrias, sucesso e bem estar no reinício de um novo ano?

Ah! Mas como se enganam os que consideram as lágrimas sinônimo de tristeza, de desânimo, de fraqueza!

Creio que por um tempo eu acreditei nisso também. Houve uma época em que eu não gostava de chorar (embora as pessoas já estivessem acostumadas com as minhas lágrimas). Justamente porque a sociedade canaliza – e banaliza – essa preciosidade que Deus nos deu para o lugar-comum das características de quem é fraco, eu não queria me enxergar assim; principalmente fraca na fé.

Sim. Foi Deus quem criou a lágrima como uma forma de esvaziar da alma as dores e valorizou-a de tal forma que a Bíblia está recheada de exemplos de servos fiéis, consagrados e tementes que choraram diante da presença do Senhor e Ele os ouviu e atendeu, aceitando como oferta aprazível o pranto derramado.

Mas não estou falando de um pranto qualquer, desprovido de motivações genuínas. A diferença de um choro inócuo, vazio, apelativo e de autocomiseração para um pranto de desabafo e que produz uma ceifa alegre (conforme o versículo logo abaixo do título) está na presença de quem choramos. Muitos talvez não entenderão suas lágrimas de dor, de arrependimento, de angústia e talvez até zombarão delas, alocando-as nos canais estreitos de uma personalidade fraca e vulnerável. Mas Deus sempre saberá transformar cada gota saída dos seus olhos em diamantes preciosos, recolhendo-os em um odre especial.

Se o ano não começou tão feliz quanto os votos recebidos e muitas vezes repetidos como algo de praxe pelos que nos cercam, não se intimide diante do choro nem o receba como marca de fraqueza ou indiferença de Deus para com a sua vida.

Também não vá atrás de previsões ou provisões de pessoas, cujas próprias vidas não podem prever ou controlar. Apresente seu pranto diante do Senhor, o Único que pode receber e entender a essência das nossas lágrimas e o significado de cada uma delas: as de intercessão por alguém querido, e que por Ele é mais amado do que por nós; as de dúvidas interiores, cujas respostas só Ele possui; as das dores da alma, cujas feridas Ele cicatriza e sara; as da incompreensão dos outros, em cujo lugar Ele derrama o bálsamo da Sua singular presença.

Para mim, hoje, lágrimas são palavras não ditas, não verbalizadas, mas, em seu pleno significado, por Deus valorizadas. Em um desses momentos de íntima comunhão com o Senhor, escrevi um pequeno desabafo que retrata, na minha experiência, o que significam as lágrimas de alguém cuja confiança está totalmente nas mãos dAquele que tudo sabe, tudo ouve e tudo vê; a quem tudo é possível, mesmo que o impossível seja, no momento, suas lágrimas conter:

“Desaprendi a dizer...
O meu momento é verter
lágrimas... são minhas palavras
tão profusas, tão confusas
que não tento entendê-las.
Espero que ao vertê-las,
não precise das palavras...
de dizê-las!"
“Deus recolhe as minhas lágrimas no odre dEle, pois elas já estavam escritas no Seu Livro”
(cf. Sl. 56:8)

Lágrimas vertidas diante do Senhor são prenúncio de consolo e de renovação de vida! Há promessa nesse sentido empenhada pelo próprio Jesus: “Felizes as pessoas que choram, pois Deus as consolará” (Mateus 5:4). Experimente derramar as suas lágrimas na presença do Senhor e, com certeza, não apenas durante 2008, mas em todo o seu viver, você experimentará aquela paz que excede o entendimento dos que racionalizam tudo; a paz que independe de catástrofes internas ou externas, pois é vivida não nos intervalos das circunstâncias da vida, mas na constância do dia-a-dia com Deus, o Criador de tudo o que há.
(Publicado na coluna Da Redação para o Leitor,
no Jornal Carta Aberta, edição de janeiro/2008)

sábado, 19 de janeiro de 2008

ManAmiga

Quando ela chega, o sol inunda o lugar.
Mesmo que esteja entre as nuvens do chorar.
Quem a conhece, não esquece!
Sua presença aquece o coração
De quem sabe o que é ser amigo
De quem vê na amizade
Não um negócio, mas abrigo.
Minha mana mais que mana
Mistério de amizade nascida
Antes de sermos uma para a outra;
Antes de sermos conhecidas...
Porque Deus assim escreveu
Desde antes, muito antes:
“Vão ser amigas-irmãs, essas meninas”.
Ela e eu!

(Nane - 18/01/2008)

Ah! Como é bom ter amigos para amar e por eles ser amada! O poema acima é dedicado a alguém muito especial que entrou na minha vida para trazer só alegria: minha mana Crixxxzzz, minha amiga Cristininha. Com ela, sou quem eu sou não quem eu acho que tenho que ser. Com ela, meus sorrisos são mais... são gargalhadas. Com ela, minhas lágrimas correm soltas, sem medo de cair. Amiga e irmã por opção... de Deus! Foi Ele quem nos deu uma à outra e a Deus eu sou grata por mais um ano de vida que Ele deu a esse presente em forma de gente!
"Tiamuti, mana!"

domingo, 13 de janeiro de 2008

A Um Amigo Recente Que Se Fez Antigo


Foi num dia de verão que nem tava tão quente...
Esse menino apareceu, assim, de repente.
E num instante fez-se eterno
Com seu olhar sincero e terno
Desmontou paradigmas virtuais
Despertou sentimentos reais
Desses que não se compram em lojas
Desses que se doam em laços
E se aprofundam em abraços
Trocados mesmo em pensamentos
Antes do toque dos braços
Antes do ataque dos ventos
Assim ele foi ficando
Foi semeando, cativando
E mesmo quando o verão passar
O que ele plantou não vai murchar
Pois o que se planta com emoção,
É como as flores do campo e os baobás:
Permanecem em qualquer estação.
(Nane - feveveiro/2007)
Gosto de homenagear pessoas com palavras. Mas gosto de fazer enquanto há vida; enquanto há dias pra se viver. Homenagens póstumas podem ser bonitas, válidas, mas quem mais precisava ouvi-las talvez nunca tenha sentido sequer o calor do abraço de quem o homenageou.
O poema acima foi escrito apenas 1 mês após conhecer Leri Machado (músico talentoso, baixista dos melhores, amigo "Pequeno Príncipe", coração maior do que o peito). Publico aqui o que o homenageado já leu há 1 ano simplesmente para que mais pessoas continuem acreditando que há, sim, sentimentos reais e verdadeiros em meio aos engarrafamentos caóticos da vida (real ou virtual)!

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Como Dói A Dor Da Saudade...



Queria ter vindo aqui no dia 1º, ainda na euforia dos fogos de artifício e embalada pelos abraços que sempre acompanham o nascer de um novo ano.

Mas não deu para vir antes de hoje e, por isso, as palavras de agora não são de Feliz 2008 (ainda que seja esse o meu desejo para todos que estejam lendo) e nem meu abraço é do tipo efusivo...

Ontem e hoje estou vivendo um sentimento bíblico, lindamente expresso numa pequena canção do grupo Vencedores Por Cristo, cuja letra diz o seguinte: "Ame ao Senhor com todo o seu coração; com toda a força e razão; com todo o seu desejar. Ame ao seu próximo como se fosse você; como se a dor que ele sente fosse a que sente você... Ame ao seu próximo como se fosse você; como se a dor que ele sente doesse mais em você".

Ontem fez 1 ano que faleceu o pai de uma amiga mais chegada que irmã. Hoje, também faz 1 ano que Deus chamou para Si o filhinho de outra querida amiga do coração. Crixxxzzz e Ruby são os nomes das minhas manas mais que amadas. Adenyr e Matheus (o querido Tetheus), os nomes dos amados que partiram.

O que falar em momentos como este? Acho que todos nós nos perguntamos quando enfrentamos esse tipo de ocasião. Mas não há palavras realmente. Esqueça-as. Elas não confortam, não trazem de volta, não apagam da memória as noites mal-dormidas e o sofrimento no rosto de quem se ama.

O conforto para esta e tantas outras situações que dóem n'alma vem apenas dAquele, cuja mente perfeita preparou este momento - não tão oportuno para a nossa mente limitada - e cujas mãos são as únicas que têm o afago certo para as horas incertas.

Pensando nisso e lembrando de momentos semelhantes (nunca iguais... pois cada um é único), encontrei palavras. Não... na verdade, elas me encontraram! No meio do deserto das letras, Deus inspirou meu desabafo. Sim... não são palavras para consolar; apenas para ratificar que elas não existem e que o consolo está em ter fé nAquele que existe desde sempre e que de nós não desiste, mesmo quando a dor parece grande demais para crer nessa Verdade:

"Ô dor que dói... essa dor da saudade!
Dor que aperta, que maltrata
e que só se acerta quando Deus mesmo trata...
Quando o coração moído, dilacerado,
é por Jesus reconstruído, com amor e cuidado...
Quando a lágrima insiste em voltar a ser pranto
e encontra seu porto no Espírito Santo...
Ô dor que dói... essa dor da saudade!
É dor que não passa... parece que aumenta!
E quem diz que o tempo é remédio
não sabe que é do tempo que essa dor se alimenta.
Mas, ah... como é bom ter a paz que ninguém entende,
mas que se sente mesmo na dor da saudade,
quando se tem comunhão plena com a divina Trindade!"
(Nane - 07/01/08)

*Na foto, Matheus e Ruby. Para mim, um quadro dos mais belos. Amo vê-los olhando o horizonte, admirando o céu, onde Tetheus e tio Adenyr (pai da Cristininha) apenas chegaram antes... A propósito, você tem essa mesma certeza de que está caminhando para lá?