domingo, 13 de janeiro de 2008

A Um Amigo Recente Que Se Fez Antigo


Foi num dia de verão que nem tava tão quente...
Esse menino apareceu, assim, de repente.
E num instante fez-se eterno
Com seu olhar sincero e terno
Desmontou paradigmas virtuais
Despertou sentimentos reais
Desses que não se compram em lojas
Desses que se doam em laços
E se aprofundam em abraços
Trocados mesmo em pensamentos
Antes do toque dos braços
Antes do ataque dos ventos
Assim ele foi ficando
Foi semeando, cativando
E mesmo quando o verão passar
O que ele plantou não vai murchar
Pois o que se planta com emoção,
É como as flores do campo e os baobás:
Permanecem em qualquer estação.
(Nane - feveveiro/2007)
Gosto de homenagear pessoas com palavras. Mas gosto de fazer enquanto há vida; enquanto há dias pra se viver. Homenagens póstumas podem ser bonitas, válidas, mas quem mais precisava ouvi-las talvez nunca tenha sentido sequer o calor do abraço de quem o homenageou.
O poema acima foi escrito apenas 1 mês após conhecer Leri Machado (músico talentoso, baixista dos melhores, amigo "Pequeno Príncipe", coração maior do que o peito). Publico aqui o que o homenageado já leu há 1 ano simplesmente para que mais pessoas continuem acreditando que há, sim, sentimentos reais e verdadeiros em meio aos engarrafamentos caóticos da vida (real ou virtual)!

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