quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Flores!

Flores. Muitas flores!
Quero-as todas. De todas as cores.
Das nobres às plebéias
Rosas, lírios, azaléias!
E as que quero mais, um buquê amplo,
São as que prefiro: as do campo...
As silvestres, as campestres
As que crescem em ciprestes.
O que importa se há espinhos,
Pétalas, às vezes, em desalinho?
Nada disso tira o encanto
De ter flores por todos os cantos.
Quero-as perto dos meus olhos
Em profusão, aos molhos,
Enfeitando e perfumando a vida,
Que de flores vem desprovida
Desde que inventaram a moda
Que as de plástico são mais duráveis,
Mais perfeitas, até laváveis,
E que enfeitam por mais tempo, com cor,
A vida dos que há tempos não cheiram uma flor.
Não. Não quero flor de plástico;
De perfil perfeito, mas sem viço, estático.
Quero as vivas e enquanto eu viva for.
Não as quero quando eu não mais aqui estiver.
Quando eu morrer, não quero nem uma flor,
Nenhuma sequer...
Dêem-me flores agora, enquanto eu as puder cheirar,
Seus encantos perceber e sua beleza apreciar.
Depois... Bem, depois... continuem mandando flores
Para outra menina qualquer
Que tenha por elas os mesmos amores
Que tive, tenho e terei enquanto vida eu tiver.

(Nane - 29/03/2007)

3 comentários:

Anônimo disse...

Minha rimã,vc é linda!Tiamuti

Anônimo disse...

Que banquete para os olhos, que fartura de alma... cada palavra tem sabor, cada frase aroma.
exala sempre sua fragrância
menina...

Nane disse...

Crixxxzzz, tiamuti também, mana do meu heart!

Orli, obrigada pela visita e pelas palavras, sempre bem-vindas, jardineiro :-)