quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Ela Voltou Para O Céu

Na sexta-feira passada (09/02), seria o aniversário da Claudinha, uma amiga-mais-que-irmã. Mas no dia 12/09/06, bem cedinho, Deus chamou-a para Si e Claudinha voltou para o céu.
Há alguns anos ela vinha sofrendo com sérios problemas de saúde e nos seus últimos dias a situação piorou muito.
Apesar do sofrimento, ela não vivia se queixando. Com alegria e meiguice contagiantes, mantinha-se firme e inabalável na fé em Cristo, dando um lindo testemunho para os que a conheciam, mesmo que só virtualmente.
Mas por que estou postando esta mensagem aqui, meses depois da sua morte, se a maioria que for ler, talvez sequer saiba quem foi - e é - a Claudinha?
Porque vivemos num tempo em que pouco se tem tempo para investir nas pessoas. E quando se investe, espera-se, quase sempre, um retorno lucrativo, numa expectativa egoísta. Um tempo em que quando o olho não vê, o coração deixa de sentir...
Por isso, resolvi escrever. Porque acredito que as palavras, quando não são apenas um texto, mas reflexo do que se vive, podem fazer diferença. Escrevi, também, pra mostrar que amor sem interesse e sem barreiras não é coisa do passado, nem utopia literária. Mas para que ele aconteça, é preciso amar apesar de nós e dos nossos defeitos; apesar das distâncias e dos falsos conceitos. Apesar da falta de tempo e das circunstâncias!
E as circunstâncias não foram muito favoráveis para mim e pra Claudinha. Mesmo que na história de ambas nossos nomes estejam gravados, foi em geografias diferentes que cultivamos o amor, primeiro por Deus pensado.
Claudinha foi exemplo de vida e na minha vida será sempre uma lição. Lição de afeto, de generosidade, de sorriso que permanece nos lábios de quem padece, se em Deus esse alguém confia... suas lágrimas, sua alegria.
Pode ser que ao ler o que aqui está escrito alguém aproveite um pouco do muito que a Claudinha semeou. Por isso, escrevi este texto (que originalmente foi enviado por e-mail). Apenas pra compartilhar. Não é corrente, não dá dinheiro; o intuito é abençoar. Pois a vida dessa amiga (mais que amiga, uma irmã) foi uma bênção a cada dia, como o orvalho da manhã.
Quem a conheceu e sabia das dores que ela sentia, reconhece que agora a Claudinha está melhor. O sofrimento não mais existe. No lugar, apenas saudade e uma tristeza meio egoísta - confesso - de saber que não daremos aqui o abraço que planejamos, nem veremos juntas os filmes que tantas vezes comentamos.
Mas a tristeza não é revolta com Deus e com o fato; é apenas humano lamento; é sentimento de falta...
E a tristeza da saudade, com certeza, Deus entende. Creio mesmo que vem dEle a lágrima que insiste em não cair só... pois foi nEle que demos o laço e que, hoje, de tão apertado, na garganta dá esse nó.

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