sábado, 30 de outubro de 2010

Eleições 2010: Pesquisas, Consciências e Sombras

Não iria escrever sobre as eleições deste ano. Não porque não me posiciono, mas porque ultimamente o vocábulo "opinião" deixou de ser democraticamente considerado e passou a ser monitorado, manipulado e distorcido. Entretanto, depois de ler muita coisa e ainda sob o impacto do último debate transmitido pela TV, resolvi fazer algumas considerações.
Votei na Marina, no 1º turno. Votarei no Serra, no 2º turno.
Alguém poderia perguntar se gosto de perder, levando em consideração os resultados alardeados pelos Institutos de Pesquisa.
Não se trata de ganhar ou perder - até porque o que está em jogo não é apenas a satisfação de ver seu time ganhar, mas a direção de um país. Do meu país. E eu o amo muito para exercer meu direito e dever de cidadã com leviandade. Não vejo o meu voto como mais 1 ou como um objeto de barganha eleitoral. Entendo que o voto tem o valor que cada pessoa der ao seu próprio. O valor do meu vai além das imagens mostradas nos programas eleitorais (puro marketing) e muito mais além dos números que figuram nos gráficos das pesquisas. O valor do meu voto está na forma consciente com que avalio a pessoa que o merece, sabendo que não existe candidato perfeito por não existirem pessoas perfeitas.
Ainda sobre as pesquisas: não admito monitoramento ou manipulação das minhas ações. Tenho por conduta cívica votar em propostas e não em percentuais de pesquisas de opinião - que, aliás, são bastante questionáveis... Infelizmente ainda há muita gente que baliza sua opinião pela dos outros, deixando de tirar suas próprias conclusões e contribuindo para o enfraquecimento da Democracia no país. Pessoas que não entenderam que não serão percentuais que governarão ou tomarão decisões depois que o "oba-oba" das eleições acabar.
Consciente da minha prerrogativa de manter meu voto em secreto, não vejo, contudo, problema algum em declará-lo (por fazê-lo com a consciência limpa e sem qualquer interesse a não ser o de contribuir para melhorar o meu país).
Mais uma vez reitero: não existe candidato perfeito; existem propostas viáveis. E só faz propostas viáveis quem é viável, quem se sustenta pelo próprio nome e não à sombra de alguém. Aliás, sombras também não governam. Bom... a não ser que quem se estrutura à sombra de alguém seja apenas a materialização da sombra dessa pessoa...

Urge que se reflita!

domingo, 10 de outubro de 2010

A Poesia Como A Minha Vida É...

"Faz escuro mas eu canto
porque a manhã vai chegar..."
(trecho do poema "Madrugada Camponesa", de Thiago de Mello)

Não me perguntem o porquê da escuridão; ela não tem importância quando se sabe o motivo para cantar. Canto porque - se claro ou escuro - tenho em Quem confiar!
"Ao anoitecer, pode vir o choro, mas a alegria vem pela manhã." (Salmos 30:5b)