
Filha de Carlos Alberto de Carvalho Meireles e de Matilde Benevides Meireles, Cecília Benevides de Carvalho Meireles nasceu em 7 de novembro de 1901, no bairro da Tijuca, no Rio de Janeiro.
Muito cedo, conviveu de perto com a morte: o pai faleceu três meses antes do seu nascimento e a mãe, quando a menina Cecília ainda não tinha três anos. Foi a única sobrevivente dos quatros filhos do casal. Um dia, Cecília escreveu que tais acontecimentos lhe trouxeram "uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno".
Conhecida como a "poetisa da alma", Cecília Meireles faleceu em 9 de novembro de 1964.
A seguir, um dos inúmeros poemas dela que amo:
4º Motivo da Rosa
Não te aflijas com a pétala que voa:
também é ser, deixar de ser assim.
Rosas verá, só de cinzas franzida,
mortas, intactas pelo teu jardim.
Eu deixo aroma até nos meus espinhos
ao longe, o vento vai falando de mim.
E por perder-me é que vão me lembrando,
por desfolhar-me é que não tenho fim.